O beltronense Lucas Felype ganhou vários seguidores nas redes sociais após publicar em seu perfil a história sobre o seu alistamento voluntário para defender a Ucrânia na Guerra contra a Rússia. De acordo com reportagem do Jornal de Beltrão, ele realizou uma inscrição online nas Forças Armadas ucranianas e recebeu a designação do batalhão autorizando a sequência para o alistamento.

Nesta sexta-feira (25), ele comentou em seu perfil que estava sumido porque as Forças Armadas da Ucrânia não estavam cumprindo com o que havia sido combinado. Segundo relato de Lucas, ele pretendia em meio à guerra fazer um curso de tecnologia de drones mas foi colocado na batalha e por isso procurou a embaixada brasileira que segundo ele, teria dito que não poderia intervir e que seus atos eram de sua responsabilidade.

Ainda segundo a reportagem, Lucas vendeu tudo o que podia e levantou R$ 25 mil para cobrir os custos da viagem e chegou à Lviv na Ucrânia onde recebeu documentos de identificação. Ele não tem histórico militar e afirmou que sempre foi ligados a jogos e computador quando então assinou o contrato de seis mese, tendo o passaporte retido e recebeu treinamento por três meses.

Nas redes sociais ele divulgou imagens e respondeu questionamentos de seguidores curiosos, dizendo que quando chegou não sabia nem segurar uma arma e que passou a receber todo tipo de treinamento militar, "desde combate até estratégico". Ele confirmou que o alistamento foi online e diretamente com as Forças Armadas da Ucrânia.

Segundo depoimento, ele disse que a promessa era de trabalhar como voluntário na área de tecnologia militar e atuar de forma técnica. E que agora foi enviado para uma região de intenso combate militar para treinamento e que está sendo engado. "Estou sozinho em meio à uma guerra, se eu sumir ou se algo acontecer comigo não quero que outros brasileiros passem pelo que estou passando, que Deus me proteja".

Ainda não é possivel afirmar se o beltronense pretende voltar para casa ou se quer uma mudança de local no conflito. No início, ele afirmava que a experiência parecia bastante "radical" e agora trata o caso e o pedido de ajuda como "urgente".

A guerra que começou em 24 de fevereiro de 2022 já vitimou fatalmente 45.100 soldados ucranianos, segundo o presidente Zelenskyy. Estimativas independentes apontam para a morte de outros 250 mil soldados russos.

Os dados ainda são contrariados e até mesmo a ONU (Organização das Nações Unidas) afirma que esta é a estimativa mais próxima já que diversos óbitos ainda não foram confirmados e muitos permanecem gravemente feridos.

(Fonte: PPnews)